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Título: Transformando normas e padrões: as práticas informacionais de pessoas trans na “reinvenção do corpo”
Autor(es): Pinto, Flávia Virgínia Melo
Palavras-chave: ciência da informação
minorias sexuais
práticas informacionais
trans
transgênero
transexual
Data do documento: 2020
Editor: UFMG - Escola de Ciência da Informação
Resumo: Trata-se de um estudo qualitativo que explora as práticas informacionais de pessoas transexuais em seus processos de transição de gênero. As inquietações que nos moveram foram: quais foram as demandas de informação de homens e mulheres transexuais quando perceberam os conflitos com o gênero designado no nascimento? Como as pessoas transexuais se apropriaram de informações para construírem concepções de si? Como acontece o compartilhamento de informações entre pessoas transexuais para a reinvenção do corpo? O objetivo geral foi identificar as demandas de informação de pessoas transexuais na construção de suas identidades, a partir de seus relatos de vida, identificando as contradições e as barreiras enfrentadas por elas nesses processos. Para a coleta de dados, realizamos entrevistas aprofundadas com nove colaboradoras/es, a partir de um roteiro semiestruturado. A análise dos dados foi feita a partir das concepções teórico-metodológicas da hermenêutica dialética para interpretarmos os relatos e retirarmos os temas e categorias que foram discutidos com a interlocução entre as concepções da abordagem social da Ciência da Informação, as teorias gênero e a teoria praxiológica de Pierre Bourdieu. Considerando as concepções generificadas que conformam o habitus dos indivíduos em nossa sociedade, produzindo corposhomens e corpos-mulheres para a manutenção da heteronormatividade (BENTO, 2006), os indivíduos se posicionam no campo de gênero com seus respectivos capitais cultural e simbólico, numa disputa em torno das normas de gênero. As pessoas transexuais ocupam uma posição de heterodoxia, demandando informações para a resolução de seus conflitos com o gênero designado no nascimento e em busca da passabilidade de gênero que lhes garanta aceitação social. Ao mesmo tempo, produzem novos conhecimentos em suas práticas cotidianas, ao vivenciarem seus desejos, construindo novas concepções de si. Esses conhecimentos são utilizados na vida cotidiana e na organização política desse segmento para a reivindicação de direitos civis. As pessoas vivenciam contradições, enfrentam barreiras na busca de informações, que são consequências do sistema normativo que marginaliza as experiências que fogem às regras constituídas historicamente e estabelecidas como eternas e imutáveis. Nesse processo, a internet ampliou as possibilidades de interação entre essas pessoas, garantindo a elas o anonimato ou a oportunidade de se mostrarem e relatarem suas experiências de transição, constituindo em fontes de informação sobre o complexo fenômeno da transexualidade.
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